Como escolher as rodas perfeitas para a sua bicicleta
O ciclismo é um esporte que exige muito dos equipamentos, especialmente das rodas, que são responsáveis por transmitir a força do pedal, absorver os impactos do terreno e garantir a estabilidade e a aerodinâmica da bicicleta. Por isso, muitos ciclistas sonham em ter as melhores rodas possíveis, que combinem leveza, resistência, durabilidade e desempenho.
Como escolher as rodas
Mas como escolher as rodas ideais para cada tipo de modalidade, terreno e objetivo?
Existem diversos fatores que influenciam na qualidade e na adequação das rodas, como o material, o tamanho, o formato, o peso, o número e o tipo de raios, o tipo de pneu, o tipo de freio, o tipo de cubo e o tipo de cassete. Vamos ver alguns deles a seguir:
– Material:
As rodas podem ser feitas de diferentes materiais, como alumínio, carbono, magnésio ou titânio. Cada um tem suas vantagens e desvantagens em termos de peso, rigidez, resistência e custo.
Em geral, as rodas de carbono são as mais leves e rígidas, mas também as mais caras e frágeis.
Entre tanto as rodas de alumínio são as mais comuns e versáteis, mas também as mais pesadas e flexíveis.
As rodas de magnésio são as mais leves e resistentes à corrosão, mas também as mais caras e difíceis de encontrar.
Toda via as rodas de titânio são as mais duráveis e confortáveis, mas também as mais caras e raras.
– Tamanho:
As rodas podem ter diferentes diâmetros, que variam de acordo com a modalidade e o tipo de bicicleta.
As mais comuns são as de 26 polegadas (usadas em mountain bikes), 27.5 polegadas (usadas em mountain bikes e gravel bikes), 29 polegadas (usadas em mountain bikes e ciclocross) e 700c (usadas em bicicletas de estrada e urbanas).
O tamanho da roda influencia na velocidade, na aceleração, na estabilidade, na manobrabilidade e na capacidade de superar obstáculos.
– Formato:
Os formatos das rodas podem ser diferentes de maneira que afetam, a aerodinâmica, a rigidez e a inércia da bicicleta.
As mais comuns são as de perfil baixo (até 30 mm), médio (entre 30 mm e 50 mm) e alto (acima de 50 mm).
As rodas de perfil baixo são as mais leves e ágeis, mas também as menos aerodinâmicas e estáveis.
Com tudo, as rodas de perfil médio são as mais equilibradas e versáteis, podendo ser usadas em diferentes situações.
As rodas de perfil alto são as mais aerodinâmicas e estáveis, mas também as mais pesadas e difíceis de controlar.
– Peso:
O peso das rodas é um fator importante para o desempenho da bicicleta, pois influencia na aceleração, na subida, na descida e na frenagem.
Quanto mais leve for a roda, mais fácil será para mudar a sua velocidade.
Porém, uma roda muito leve também pode ser menos resistente e menos confortável.
O peso ideal da roda depende da modalidade, do terreno e do objetivo do ciclista.
– Raios:
Os raios são os elementos que conectam o cubo ao aro da roda. Eles podem variar em número (de 16 a 36), em espessura (de 1.5 mm a 2.5 mm), em formato (redondo ou achatado) e em disposição (radial ou cruzado).
Toda via os raios influenciam na rigidez, na resistência, na aerodinâmica e no peso da roda. Quanto menor for o número de raios, mais leve será a roda, mas também menos resistente.
Quanto maior for a espessura dos raios, mais rígida será a roda, mas também mais pesada.
Contudo quanto mais achatado for o formato dos raios, mais aerodinâmica será a roda, mas também mais suscetível ao vento lateral.
Porem quanto mais cruzada for a disposição dos raios, mais forte será a roda, mas também menos aerodinâmica.
– Pneu:
O pneu é a parte da roda que entra em contato com o solo.
Ele pode ser de dois tipos: clincher ou tubular. O pneu clincher é o mais comum e consiste em uma câmara de ar envolvida por um revestimento de borracha, que se encaixa no aro da roda.
O pneu tubular é o mais usado pelos profissionais e consiste em uma câmara de ar costurada dentro de um revestimento de borracha, que é colado no aro da roda.
Entretanto o pneu clincher é mais fácil de montar, de trocar e de reparar, mas também mais pesado e menos confortável.
Toda via o pneu tubular é mais leve, mais confortável e mais resistente a furos, mas também mais difícil de montar, de trocar e de reparar.
– Freio:
O freio é o sistema que permite reduzir ou parar a velocidade da bicicleta. Ele pode ser de dois tipos: a disco ou a ferradura.
Porem o freio a disco consiste em um disco metálico fixado no cubo da roda, que é pressionado por uma pastilha acionada por um cabo ou por um fluido hidráulico.
O freio a ferradura consiste em duas peças metálicas curvas fixadas na suspensão ou no garfo da bicicleta, que são pressionadas contra o aro da roda por um cabo.
Entretanto o freio a disco é mais eficiente, mais potente, mais preciso e mais seguro, mas também mais pesado, mais caro e mais difícil de regular.
O freio a ferradura é mais leve, mais barato e mais fácil de regular, mas também menos eficiente, menos potente, menos preciso e menos seguro.
– Cubo:
O cubo é a parte central da roda, onde ficam os rolamentos e o eixo.
Ele pode ser de dois tipos: com ou sem roda livre. O cubo com roda livre permite que a roda gire independentemente do movimento do pedal, facilitando as descidas e as paradas.
O cubo sem roda livre faz com que a roda gire sempre na mesma velocidade do pedal, exigindo mais esforço e controle do ciclista.
Porem o cubo com roda livre é o mais comum e versátil, podendo ser usado em diferentes modalidades.
O cubo sem roda livre é o mais usado pelos praticantes de ciclismo urbano e fixie (bicicletas com marcha fixa).
– Cassete:
O cassete é o conjunto de engrenagens fixadas no cubo traseiro da bicicleta, que permitem mudar a relação entre o movimento do pedal e o da roda.
Por isso, Ele pode ter diferentes números de dentes (de 11 a 50) e diferentes números de marchas (de 7 a 12).
O cassete influencia na velocidade, na cadência e na força da pedalada.
Quanto maior for o número de dentes, menor será a velocidade e maior será a força necessária para pedalar.
Entretanto quanto maior for o número de marchas, maior será a variedade e a precisão para ajustar a pedalada.
Conclusão
Como você pode ver, existem muitas opções de rodas para os ciclistas escolherem, dependendo das suas preferências e necessidades.
Não há uma resposta única para qual é a melhor roda para cada um, mas sim uma combinação de fatores que devem ser levados em conta na hora da compra.