A bicicleta é um veículo de duas rodas que se move pela força dos pedais, que giram uma corrente que, por sua vez, gira as rodas. A marcha da bicicleta é o sistema que permite ajustar a relação entre a velocidade dos pedais e a velocidade das rodas, de acordo com o terreno, a inclinação e a preferência do ciclista.
Os componentes do sistema de marchas
O sistema de marchas da bicicleta é composto por vários componentes, que são:
- Coroas: são as engrenagens que ficam na frente da bicicleta, junto ao pedivela, que é o conjunto de braços onde são presos os pedais. As coroas podem ter um, dois ou três tamanhos diferentes, que variam de 22 a 53 dentes. Quanto maior a coroa, mais pesada é a marcha, pois o ciclista precisa fazer mais força para girar a roda.
- Cassete: é o conjunto de engrenagens que fica na parte de trás da bicicleta, junto à roda traseira. O cassete pode ter de 6 a 12 engrenagens, que variam de 11 a 52 dentes. Quanto menor a engrenagem, mais pesada é a marcha, pois a roda gira mais rápido em relação ao pedal.
- Corrente: é a peça metálica que liga as coroas ao cassete, transmitindo a força dos pedais para as rodas. A corrente deve ser compatível com o número de coroas e de engrenagens do cassete, para evitar que ela saia do lugar ou fique presa.
- Câmbios: são os mecanismos que movem a corrente de uma coroa ou de uma engrenagem para outra, mudando a marcha da bicicleta. Existem dois tipos de câmbios: o dianteiro, que fica entre as coroas, e o traseiro, que fica entre as engrenagens do cassete. Os câmbios são acionados por cabos de aço, que são conectados aos passadores de marcha.
- Passadores de marcha: são os dispositivos que ficam no guidão da bicicleta, e que permitem ao ciclista controlar os câmbios, trocando as marchas. Os passadores de marcha podem ser de vários tipos, como alavanca, gatilho, giratório ou eletrônico.
O funcionamento do sistema de marchas
O funcionamento do sistema de marchas da bicicleta depende da combinação entre as coroas e as engrenagens do cassete, que resulta no número total de marchas da bicicleta. Por exemplo, uma bicicleta que tem três coroas e nove engrenagens no cassete tem 27 marchas. No entanto, nem todas as marchas são usadas, pois algumas podem causar o cruzamento da corrente, que é quando a corrente fica muito inclinada, podendo danificar os componentes da bicicleta.
A marcha ideal da bicicleta é aquela que mantém a corrente alinhada, sem cruzamento, e que permite ao ciclista pedalar com uma cadência confortável, sem forçar demais nem ficar muito leve. A marcha ideal da bicicleta depende de vários fatores, como o tipo de bicicleta, o tipo de terreno, o nível de condicionamento físico e o estilo de pedalada do ciclista.
De modo geral, a marcha ideal da bicicleta pode ser definida como aquela que usa a coroa do meio, no caso de bicicletas com três coroas, ou a coroa maior, no caso de bicicletas com duas ou uma coroa, e uma engrenagem intermediária do cassete, que não seja nem a maior nem a menor. Essa marcha ideal da bicicleta é adequada para terrenos planos ou com poucas variações de inclinação, e permite ao ciclista manter uma velocidade constante e moderada.
Para terrenos mais íngremes, seja para subir ou para descer, o ciclista pode mudar a marcha da bicicleta para se adaptar melhor às condições. Para subir, o ciclista pode usar uma marcha mais leve, que usa uma coroa menor e uma engrenagem maior do cassete, para facilitar o giro dos pedais e reduzir o esforço. Para descer, o ciclista pode usar uma marcha mais pesada, que usa uma coroa maior e uma engrenagem menor do cassete, para aumentar a velocidade e o controle da bicicleta.
A troca de marcha da bicicleta deve ser feita de forma suave e gradual, sempre pedalando e sem forçar a corrente. O ciclista deve antecipar a necessidade de mudar a marcha, observando o terreno e a sua sensação de pedalada. O ciclista deve evitar mudar a marcha em momentos de alta tensão, como em curvas, buracos ou obstáculos, pois isso pode causar travamentos ou quebras da corrente.
A manutenção do sistema de marchas
O sistema de marchas da bicicleta é um sistema que requer cuidados e manutenção, para garantir o seu bom funcionamento e a sua durabilidade. O ciclista deve limpar e lubrificar a corrente e as engrenagens periodicamente, para evitar o acúmulo de sujeira e o desgaste dos componentes. O ciclista também deve verificar e ajustar a tensão do cabo e os limites dos câmbios, para evitar que a corrente saia do lugar ou fique presa.
A manutenção do sistema de marchas da bicicleta pode ser feita pelo próprio ciclista, seguindo algumas dicas e tutoriais, ou por um profissional especializado, que pode fazer uma revisão completa e corrigir possíveis problemas. A manutenção do sistema de marchas da bicicleta é importante para preservar a qualidade e a segurança da pedalada, e para evitar custos maiores com a troca de peças.